segunda-feira, 21 de novembro de 2016

E o seu tempo? Como é gasto?

No "mundo real", onde vivo e convivo (porque existe o mundo da imaginação e muita gente prefere não sair dele), tenho uma série de obrigações que são totalmente necessárias para minha sobrevivência - obviamente, como qualquer outra pessoa que encara as circunstâncias que a vida demanda.
Sempre que quero fazer algo que eu gosto mas que não está no script das responsabilidades, me dá saudade de um tempo onde minha única responsabilidade era passar de ano no colégio. E que peso tinha também essa responsabilidade! É pesado porque é um bombardeio de informações importantíssimas que não acompanham o nível da maturidade para entender a importância de cada uma delas. A abordagem muitas vezes não é adequada e o autoconhecimento ainda está em fase inicial, onde você acha que sabe coisas sobre você, quando na verdade ainda precisa viver muitas experiências para começar a se descobrir. O que é super natural.
Mas hoje, depois de ter analisado o terreno e assentado a terra, estou nas primeiras estacas de uma construção, que mesmo com um planejamento inicial, é um projeto livre para intervenções, aberto a toda e qualquer adaptação necessária e positiva!
Nada mal para uma aspirante à arquiteta.
Sim, eu sou feliz pela escolha da minha profissão e gosto tanto que acabo fazendo analogias com ela sem querer querendo, hehehe! Mas ela não é tudo na minha vida. Acrescenta, mas não me completa como pessoa. O que fica completo são os meus dias com tantos compromissos. É que os trabalhos de arquitetura e urbanismo são extensos, cheios de detalhes e  passeiam por muitas áreas do conhecimento - afinal, são obras de arte fixas e úteis. E quanto maior a bagagem aplicada nas obras, elas ficam melhores e mais completas, colaborando, de alguma forma, positivamente para o mundo. Eu penso assim, que cada profissão é uma forma de colaborar com o mundo, de fazê-lo ser melhor. É uma força de trabalho que o movimenta.
Eu amo essa variedade que a arquitetura me propõe: variedade de conhecimentos. Eu sei que não sou capaz de saber sobre tudo e é essencial que eu escolha um tema para me aprofundar.
Mas pensar em tudo isso, me fez perceber que gosto de tantas coisas! Me sinto um pouco na época do vestibular... lost! Seria mais fácil se naturalmente as oportunidades e circunstâncias fossem me levando para um determinado lugar e quando eu me der conta, ops! Estou nele. Isso só não está acontecendo ainda porque as oportunidades são bem escassas.

Eu fugi um pouco de todo assunto que eu realmente gostaria de falar. Sobre hobbies que eu queria ter e não posso.