quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Lambe-Lambe

Meu primeiro período da faculdade foi iniciado com o SIAU - Semana de Integração da Arquitetura e Urbanismo. A semana tem sido bem dinâmica.
Hoje é o terceiro dia e foram propostas várias oficinas, entre elas a de Lambe-Lambe, que até então eu não fazia ideia do que se tratava. Sinceramente, não sei como o nome criativo dessa técnica surgiu. O máximo "chute" que consigo dar é que pode ser por conta do pincel com cola que "lambe" o papel (rsrs).

O Lambe-Lambe é facilmente encontrado em grandes centros urbanos. Assim como o grafite e o stencil, a rua
também serve como galeria para expressar esse mecanismo artístico. É um trabalho voltado para uma experiência estética que procura produzir novas maneiras de perceber o cenário urbano e criar relações afetivas com a cidade que não a da objetividade funcional que aplaca o dia-a-dia. Traz uma forma de comunicar, criticar, expor gostos, pensamentos ideológicos, políticos ou sociais. É uma forma de intervenção urbana. 

É feito de colagem (a mesma técnica de Outdoor e cartazes de anúncios de shows). Normalmente são colados com cola de polvilho ou farinha devido a seu custo reduzido - semelhante àquela dos correios - e há vários sites que fornecem a receita. Independente do conteúdo, o papel pode trazê-lo impresso ou manual.


Foto: William Yan
                                                                                                                                                                  Swoon
Que tal utilizá-lo na decoração?
Cenário do Base Aliada - GNT

Olha que bacana esta maneira de preparar o "lambe" manualmente, usando o estêncil em papel de jornal:.


Agora um vídeo que mostra um pouquinho desse universo dos Lambe-lambes em SP.



Uma curiosidade para finalizar...

Outro fato interessante sobre o lambe-lambe é que também é o nome daquelas antigas máquinas fotográficas - mini câmara escura, em que se faz todo processo de registro  e revelação numa caixa preta onde não entra luz, com lente - que ficavam, geralmente em parques, como o Parque Moscoso, em Vitória, onde passei minha infância. Fiquei sabendo disso depois de uma conversa com a minha avó. 

E tem até samba-enredo sobre isso!


OK, admito que nem eu esperava que esse post terminaria em samba! kkkkk

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