domingo, 22 de junho de 2014

Antiguidade musical

Domingo frio que precede uma semana de provas e o trecho "stop! in the name of love" não sai da cabeça, quando você tenta se concentrar em arquitetura, urbanismo e paisagismo muçulmano, renascentista, maneirista, barroco, rococó, arquitetura colonial civil e religiosa brasileira, além de cidades mineiras. E tudo isso para uma prova só.

Sabe aquela sensação de que se você não fizer tal coisa, não vai conseguir sossegar? Aconteceu comigo agora. Enquanto eu não escutar essas músicas e fizer esse registro aqui hoje não conseguiria focar totalmente nos estudos.



Estou com uma pasta com mais de 100 músicas antiguinhas, e essa playlist é só para matar a vontade mesmo. Trabalhei numa mostra de decoração e fiquei apresentando um ambiente chamado "casa dos avós", então rolava música velha o tempo inteiro e agora não consigo mais parar de ouvir.

Minhas preferidas:
Sinéad O'Connor - Nothing Compares U2
The Hollies - Stop In The Name Of Love
Ben E. King - Stand By Me
Corinne Bailey Rae - Like A Star

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Conceito e Partido Arquitetônicos

O conceito e o partido na arquitetura fazem parte do processo de criação.
Como com qualquer ideia que temos e queremos colocar em prática, a construção de um edifício também atravessa por 3 fases:

1º PENSA (tem a ideia)
2º CRIA E PLANEJA (desenha, coloca a ideia no papel)
3º REALIZA (constrói)


CONCEITO
(IDEIA)

Situa-se num plano abstrato. É o momento em que o arquiteto interpreta todos os dados colhidos e toma decisões coerentes com esses dados. Pode admitir várias soluções espaciais e formais viáveis que devem ser testadas quanto ao padrão construtivo ou funcional para melhor definição do partido. Deve atender as condicionantes características locais geradoras da síntese. 

São 5 princípios:

LUGAR (sítio) e CLIMA
Geografia;
Topografia;
Geometria do terreno;
Paisagem física e cultural;
Estrutura urbana;
Legislação de uso e ocupação do solo;
Sol;
Ventos e
Chuvas.

O conhecimento do lugar e do clima, levam em conta a viabilidade do projeto. Evitam comprometer a habilidade dos espaços e que seja necessário remendos posteriores por conta da incompatibilidade ao clima. Interferem nas soluções formais e construtivas - num terreno acidentado, a forma e soluções serão diferentes de um terreno plano -, nas relações de usos e nas compatibilidades técnicas na relação entre construção e sítio. Contribuem para gerar qualidade no espaço arquitetônico, induzir modos diferenciados de ordenação da construção e de uso do espaço, na identificação de diretrizes latentes de ordenação do espaço e forma.

CULTURA
Investiga os diversos modos de vida dos usuários (seja para um edifício residencial ou não);
Busca especificidades que sugiram o espaço mais apropriável e mais adequado para que estes hábitos tomem lugar e
Ultrapassa o atendimento imediato às questões utilitárias.

RECURSOS MATERIAIS E ORÇAMENTÁRIO
Deve-se ter cuidado quanto ao consumismo e desperdício, levando em conta a sustentabilidade.

PROGRAMA DE ATIVIDADES (e necessidades também)
Como o nome diz, abriga atividades (funções básicas, divisões e dimensões dos espaços), é necessário interpretar essas atividades. Junto com um programa de necessidades, que esclarece os dados do cliente e de todos os usuários, suas necessidades e expectativas a interpretação dessas atividades se torna bem mais fácil de ser interpretada.

Quanto a dimensão dos espaços: o espaço é o prolongamento do ser humano, é seu continente no mundo. A escala do ser humano é sempre o parâmetro (modulor).

PARTIDO 
(FORMA)

É basicamente a interpretação das condicionantes (processo realizado no conceito) + intenção plástica. É o momento em que o projeto ganha forma. Essa forma é o visual, o desenho da construção, a criatividade posta em prática.
É no partido que vemos as perspectivas, as plantas, os cortes, os croquis...

Quando questionam qual é o partido de um projeto, querem saber quais são as ideias predominantes; qual foi a inspiração.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Arquitetura Limpa

O crescimento populacional urbano, o consumismo exagerado, verticalização, adensamento e escassez de recursos são alguns dos fatores que predominam nas cidades e todo mundo sabe disso.

Nasce a história do aquecimento global e do termo sustentabilidade (que me deixam um pouco incomodada e com muitas dúvidas por diversos motivos, mas não quero me delongar), que sendo verdade ou mentira, comerciais ou não, o fato é que está mais insuportável viver na cidade a cada ano que se passa. Digo isso com prioridade, pois não moro numa cidade tão grande e sinto isso claramente. A minha cidade em pouco mais de uma década virou um caos - em vários sentidos. 

A cidade está perdendo o real sentido de ser. Não há integração entre seu planejamento e o uso dos recursos. O que encontramos hoje são pressões como o stress, ansiedade, medo, sedentarismo, intolerância, agressividade. Não que essa fadiga mental seja apenas causa de um péssimo planejamento urbano, outras influências, claro, motivam comportamentos assim. Mas é uma parte considerável que se fosse realizada de maneira inteligente, aliviaria muitos desses males que a sociedade está sujeita.

Portanto, não vejo algo melhor do que se inspirar nas próprias soluções da natureza para resolver alguns problemas encontrados na arquitetura. Criar uma harmonia e não escravidão dos nossos recursos naturais.

A BIOMIMÉTICA fala exatamente sobre isso, de buscar soluções na natureza sem simplesmente replicar suas formas, mas através da compreensão das normas que a regem. 


Porém não adianta apenas o conceito da biomimética, que traz as ideias funcionais da natureza para o cotidiano, mas também é necessário saber como essas ideias serão colocadas em prática. Quais materiais comporão essas construções? 
Daí vem a ARQUITETURA VERNACULAR, que pretende fazer o uso de matérias-primas oriundas do entorno. Tem origem nas técnicas primitivas.




E a BIOARQUITETURA, que alia a Arquitetura Vernacular com materiais produzidos a partir de resíduos.