O crescimento populacional urbano, o consumismo exagerado, verticalização, adensamento e escassez de recursos são alguns dos fatores que predominam nas cidades e todo mundo sabe disso.
Nasce a história do aquecimento global e do termo sustentabilidade (que me deixam um pouco incomodada e com muitas dúvidas por diversos motivos, mas não quero me delongar), que sendo verdade ou mentira, comerciais ou não, o fato é que está mais insuportável viver na cidade a cada ano que se passa. Digo isso com prioridade, pois não moro numa cidade tão grande e sinto isso claramente. A minha cidade em pouco mais de uma década virou um caos - em vários sentidos.
A cidade está perdendo o real sentido de ser. Não há integração entre seu planejamento e o uso dos recursos. O que encontramos hoje são pressões como o stress, ansiedade, medo, sedentarismo, intolerância, agressividade. Não que essa fadiga mental seja apenas causa de um péssimo planejamento urbano, outras influências, claro, motivam comportamentos assim. Mas é uma parte considerável que se fosse realizada de maneira inteligente, aliviaria muitos desses males que a sociedade está sujeita.
Portanto, não vejo algo melhor do que se inspirar nas próprias soluções da natureza para resolver alguns problemas encontrados na arquitetura. Criar uma harmonia e não escravidão dos nossos recursos naturais.
A BIOMIMÉTICA fala exatamente sobre isso, de buscar soluções na natureza sem simplesmente replicar suas formas, mas através da compreensão das normas que a regem.
Porém não adianta apenas o conceito da biomimética, que traz as ideias funcionais da natureza para o cotidiano, mas também é necessário saber como essas ideias serão colocadas em prática. Quais materiais comporão essas construções?
Daí vem a ARQUITETURA VERNACULAR, que pretende fazer o uso de matérias-primas oriundas do entorno. Tem origem nas técnicas primitivas.
E a BIOARQUITETURA, que alia a Arquitetura Vernacular com materiais produzidos a partir de resíduos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário