quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Manifesto #ComproDeQuemFaz

Fiquei emocionada quando me deparei com esse manifesto pela primeira vez. Aliás, fico emocionada toda vez que lembro dele!
A maioria das pessoas não valorizam trabalhos manuais. 

"O artesanato é uma parte da técnica da arte, a mais desprezada infelizmente, mas a técnica da arte não se resume no artesanato. O artesanato é a parte da técnica que se pode ensinar mas há uma parte da técnica de arte que é por assim dizer, a objetivação, a concretização de uma verdade interior do artista. Esta parte da técnica obedece segredos, caprichos imperativos do ser subjetivo, em tudo o que ele é, como indivíduo e como ser social. Isto não se ensina e reproduzir é imitação. Isto é o que chamamos a técnica de Rembrant, e Fra Angelico ou de Renoir, que divergem os três profundamente não apenas na concepção do quadro, mas consequentemente na técnica do fazer." fonte

Mais à frente, note que o manifesto não cita a palavra artesanato. Talvez para poder repelir o desprezo. Será?


O movimento luta contra a maré da produção em massa que começou com a manufatura, mas embalou mesmo na Revolução Industrial, quando as máquinas começaram a entrar em cena. Não que as máquinas sejam ruins! Depois da tecnologia, como viveríamos sem elas? Como digitaria este texto? E as porcarias que comemos? Dependência generalizada.

Comprar algo que foi feito artesanalmente é anular, mesmo que um pouquinho, a produção 'made in china' que reflete um consumismo - ter, desenfreado, destruição da natureza, trabalho escravo,  bla, bla e bla.

Comprar de quem faz é um ter mais próximo do ser. Compliquei tudo agora? 





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